segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

CONFLITO DE AMAR


Vivo um conflito tão grande
Amo e sou amada
Por alguém que não sabe amar
Amor é algo que se sente, é verdade
Mas também há muito o que se ensinar
Quem nunca aprendeu de fato
Só sente
Ama
Mas não sabe amar

domingo, 25 de novembro de 2012

APRENDENDO A TIRAR FÉRIAS

Eu estou há dois dias de férias e ainda me sinto ansiosa, continuo acelerada... Tenho a plena sensação de que amanhã devo comparecer ao trabalho e com certeza irei acordar no horário (risos).

Além disso, férias sem dinheiro só traz à mente os afazeres que dificilmente executaríamos estando trabalhando. Do tipo: levar o carro para revisão; ir ao médico, ao dentista; fazer os consertos de casa; comprar roupas para as filhas...  Essas coisas.

Sabe? A torcida daqui de casa é para eu continuar no trabalho, dizem que de férias eu fico catando o que fazer e acaba sobrando pra elas também. Pensando bem, elas têm razão (risos).

Acho que eu preciso mesmo é me programar, de modo que eu consiga realizar no início das férias os afazeres pendentes e depois, sem culpa, gozar de um merecido descanso, apenas lendo e fazendo as coisas que eu gosto.

Mas eu tenho dúvidas se um mês apenas é o suficiente. Com certeza, não é, porque grande parte dos compromissos depende dos horários de outras pessoas e isso torna difícil estabelecer um prazo fixo para o descanso.

O que me resta fazer é tentar. Certamente ajudaria muito se essa programação já esteve elaborada bem antes de iniciar as férias, mas, como não foi possível assim, não ter nenhuma programação com certeza não é a melhor opção para aproveitar o tempo da melhor maneira possível.

De resto, é tirar bastantes fotos dos momentos bons para que eles se  eternizem e compartilhar com os amigos.

sábado, 20 de outubro de 2012

ESSE MEU INIMIGO












Há muito tempo o tempo não para
Não para de me dizer
O quanto sou ocupada
O quanto sou culpada
O quanto tenho a fazer
O tempo não para
Não para de me alertar
Que não posso parar por nada
Que sou muito ocupada
Que sempre tem coisa errada
Esperando pra eu resolver
Há muito tempo
Que eu não sei usar mais o tempo
Pra brincar de me esconder
Que não passeio mais pelas nuvens
Não tomo banho de chuva
Não me entrego ao prazer
O que o tempo fez comigo?
Ah, tempo...
O tempo que já foi meu grande amigo
 Parece agora um inimigo
Dando as costas pra mim
Vai tempo
O que é que eu posso fazer
Corre, se apressa, vai em frente
E me arrasta com você.


domingo, 14 de outubro de 2012

A MINHA FRAQUEZA


Onde se esconde a minha 
fraqueza?

No abandono que mora em mim
No encontro que teimo em ir
No vazio que vem no fim
No medo de não conseguir


Onde se esconde a minha fraqueza?

Na saudade do que nunca deveria.
Na covardia de não resistir
Na esperança hígida de alegria
Na vontade insana de desistir

sábado, 29 de setembro de 2012

POR ONDE ANDEI




Do alto posso ver as pistas que deixei pelo caminho
Migalhas espalhadas no medo de me perder
Vontade passageira de retornar os passos
Sinais etéreos
Marcas sem firmezas
Saudades apenas
Varridas pelo vento
Corroídas pelo tempo
Amores deixados para trás
Temores pendurados na paisagem
Presságios
Avisos para seguir viajem.  

sábado, 22 de setembro de 2012

HOJE É O MEU ANIVERSÁRIO!


Hoje é o dia do meu aniversário!
E um dia comum se torna especial só porque eu existo.
Eu sou o centro. Toda a família e os amigos se voltam para mim nesse dia.
Como bem podem perceber é um dia de demonstração excessiva do quanto sou modesta. (rsrsrs).
O interessante é o antagonismo do sentimento que o aniversário provoca, ele me anuncia que estou um ano mais velha e eu me sinto feliz por isso.
Não é engraçado, isso?
Engraçado também é que eu não tenho muita paciência de aguardar os amigos ligarem para me dar os parabéns, então, já amanheço o dia ligando para as pessoas.
Ou seja, eu nunca vou correr o risco de me sentir frustrada porque alguém esqueceu. Nem poderia. Pois se eu também esqueço os aniversários das pessoas? O que me salva na maioria das vezes é o face book. Graças a ele todo mundo é tão... atencioso. rsrsrs
Uma das amigas para quem eu liguei hoje perguntou brincando: - Como é que a pessoa tem a cara de pau de ficar ligando para os outros para pedir os parabéns? – respondi – Ah, amiga, as vezes eu ainda sou generosa, dou apenas um toque e quando a pessoa vê o meu numero já retorna parabenizando. Então, eu aproveito e digo: - Que bom que você lembrou!  
Só acredito em amizade se for assim, com liberdade para a gente ser verdadeira. Sem expectativas bestas para se sentir ofendida porque o amigo não fez assim ou assado.
É claro que gosto e que fico emocionada quando alguém me liga ou manda uma mensagem carinhosa, mas lembraro dia do meu aniversário não é a medida que utilizo para saber o quanto gostam de mim. Tenho muitas outras provas maiores que me certificam disso.
Sou muito feliz por tudo o que construí na minha vida, pela minha família e amigos. Por todos os que são partes de mim nessa existência.
Aniversário é um dia para a gente refletir essas coisas e lembrarmos quanta gratidão devemos pela oportunidade de estar viva.
Bjs pra todo mundo que me aaaaaaaaaaaama!!!!! rsrsrs
Ivana Lucena (a bonita). 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

DO QUE EU GOSTO?



 Chuva no telhado
Você ao meu lado
Açaí gelado
Bolo bem melado
Recordar o passado
Cabelo renovado
Amigo engraçado
Namoro arrochado
No domingo, frango assado.
Ter um trabalho elogiado
Sentir ter ajudado
E tudo o que merece ser guardado
Nesse esquerdo lado
Onde bate sossegado
Um coração que já foi muito machucado.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

LUA



Vi a lua pendurada no céu
Seguindo-me pelas ruas tomadas pelo cinza da cidade
Imponente, prata, barriga redonda de luz.
Os postes abaixavam a cabeça, entregando-se à derrota.
Lua mensageira de saudades
De terreiros
Da escuridão das sombras das mangueiras
De céu pingado de estrelas
De vagalumes imitadores seus
Até das corujas assustadoras, invejosas.
Dos que revivem dentro de mim nessa lembrança.
Lua, confirmação de eternidade.
Lua prelúdio de esperança.

domingo, 22 de julho de 2012

"VERMELHO COMO O CÉU"

Ah, eu tenho um bom filme para indicar. É um filme italiano que apresenta de forma poética a historia de um menino que acidentalmente fica cego. As principais cenas se passam em uma internato exclusivo para crianças cegas e nos remete a uma reflexão sobre a exclusão na política educacional que era realidade em todo o mundo na década de setenta.
O título do filme VERMELHO COMO O CÉU, refere-se a  maneira como o personagem principal descreve as cores para outro amigo que é cego de nascença, o vermelho, diz ele, é como o céu ao entardecer, quando o sol está se pondo. No decorrer da história o menino, com ajuda do seu professor vai descobrindo que a visão não é a única maneira de se enxergar e de descrever o mundo.
Acho que vão gostar desse filme.

sábado, 14 de julho de 2012

APRENDENDO A VIVER

Devo andar atenta.


Descobri que o amargor pode ser muito contagioso.


Ainda que eu carregue a doçura que recolhi em toda a minha vida, ainda assim, posso fraquejar diante do amargor de certas pessoas. 


Não posso me permitir, jamais, reproduzir a  atitude  dos grosseiros. Mesmo que nisso eu  justifique autodefesa. 


Quero aprender a leveza dos que não se abalam com a rispidez dos que não têm outra coisa à oferecer.


Almejo o amadurecimento dos que, com o exemplo da humildade, fazem desmoronar os pedestais em que os iludidos se colocam.


Foto de Emmyle Maia por Rafael Tavares

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A BELEZA DA MINHA MÃE


Hoje, parei por uns instantes observando a minha mãe.
Olhei aquele corpo frágil, curvado pelo tempo e tentei enxergar:
 - Onde estaria a bela mulher de corpo esguio, capaz de arrancar suspiros por onde passava?  
Lembrei-me de quando nos pegava ao colo, eu e a minha irmã;
De como sustentava a casa e nos protegia de todos os dramas que o mundo pudesse causar.
Quanto tempo, quantos anos, quantos dias, noites, horas a fio, trabalhando, lutando...
 Sem observar que para si o tempo estava a passar.
O que lucrou?
Lucrou a mim, minha mãe;
Lucrou a minha irmã; os netos e bisnetos que tanto a ama, respeita e admira.
Plantou bons frutos no seu pomar.
E embora não concordes, te vejo mais bela, a cada dia.
Tão mais menina,
Que a minha vontade é de te abraçar
E dizer que espelho algum é fiel à lindeza que na tua alma eternamente há.

domingo, 1 de julho de 2012

SEM TEMPO PRA MIM


Há mais de 12 horas eu durmo.

Espanta-me tal feito.

Procuro algo que justifique e, além da fraqueza talvez pela gripe forte a qual  eu fui acometida logo após uma vacina, justamente para me tornar imune a ela, só vejo a ideia de que não encontro motivação para estar acordada.

Isso sim é o que me preocupa.

Olho o tempo lá fora, o dia amanheceu mesmo lindo, o sol nos brinda com a sua presença e a brisa ainda sopra gelada, resquícios do frio da noite passada.

Vejo que nada disso me traz convite algum.

A minha mente só volta o meu olhar para a pilha de louça que se acumulou na pia, apesar de ter lavado tantas delas no dia passado.

Também estou avisada constantemente por mim mesma, da caixinha com os carnês de pagamento das despesas do mês para serem calculados, pagos e organizados.

Só tem um trabalho ainda que também tenho a fazer, este por sorte me dá prazer, cozinhar. Devo preparar o almoço, pois fiz um convite à minha mãe para vir comer um picado de carneiro que comprei.

...Há, já estava me esquecendo, tenho também que estudar. Isso porque eu trouxe da Secretaria da Educação, local onde estou trabalhando agora, um material que deverá embasar a minha prática neste terreno novo por onde agora estou trilhando, um assunto que merece exposição e reflexão particular, posteriormente.

Assim, tenho a certeza de que hoje, mais uma vez, irei dar as costas para o sol e para o dia que passará como um filme mudando as cores que envolvem a minha casa, ignorando a minha falta de tempo para admirá-lo. 

sábado, 30 de junho de 2012

NOSSO ENCONTRO


Oi,

Perdoe-me a ausência.
É que ultimamente eu ando assim,
Distante daqui.
Distante de tudo.
Em busca de mim.

Afastada da alma
Entregue a labuta
Numa luta sem fim

Quando eu me encontrar
Retorno aqui
Quem sabe até antes
Perdida ainda assim.
Talvez  em nosso encontro
Eu encontre a mim.

domingo, 3 de junho de 2012

PERDIDA


Ultimamente eu ando mais perdida do que sempre.
 Na verdade eu acho que esse "mais" se refere a consciência de se perceber perdida, coisa que antes da maturidade não acontecia, eu andava perdida sem nenhuma sobre o caminho.
 Por sorte, a maturidade, embora ainda não me tenha imunizado dos enganos, me presenteia com mais possibilidades de enxergar novos rumos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

MENTI

Eu fico aqui
Pode deixar
Quando me sentir preparada
Volto a caminhar
Quem sabe te alcanço
Ou não
Nem consigo mais me acompanhar
Parei no tempo
Retrocedi
Vivo de vento
Menti
Pra mim 

INFÂNCIA MAL ASSOMBRADA


Enquanto todos dormiam, o sono fazia maldade comigo e se afastava para longe. Deixava á mostra a penumbra do candeeiro formando monstros nas paredes. Impossível permanecer escondida embaixo do lençol, o calor insuportável obrigava a me expor, oportunidade esperada pelos mosquitos para atacarem com picadas e com seus zumbidos infernais.

Ouvindo os roncos e as respirações dos outros no quarto, eu tinha a certeza do meu abandono á própria sorte. Pressentia os monstros que me aguardavam sob a minha rede. De vez em quando tinha a impressão de que alguém do outro mundo iria balança-la.

O medo escorria pela minha espinha, percorrendo todo o meu corpo, deixando-me paralisada. Nem sei ao certo o que sentia, não tinha vontade de chorar, nem coragem para gritar. Parecia condenada a sofrer todas aquelas sensações, ali, parada, aguardando o sol para me libertar.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

PELAAAAMORDEDEUS ...SETE?!



Aqui, na casa das sete mulheres, sempre tem uma novidade.

Sete mulheres? Conte comigo: Eu (1); Enelyne, filha mais velha (2); Emmyle, filha do meio (3); Elora, fiha mais nova(4); Gigele, a cachorra (5); a gata Branca (6); Nega, a outra gata (7).

Pois bem. A novidade agora são as crias das duas gatas ao mesmo tempo.

Se sete for mesmo um numero de sorte, então... Estamos muito bem favorecidas! Foram sete gatinhos ao todo. Para nooooooooosa alegria!

E Gigele, a cachorra, nessa história toda? Vocês nem acreditam. Outro dia, as meninas sentiram a falta de um dos gatinhos na caixa e de imediato correram para o lugar em que Gigele costuma ficar. Lá estava ela, deitada na sua caminha, com o gatinho acomodado ao seu lado. Levou umas broncas, claro. Mas a gente, depois do susto, morreu de rir.

Agora, Gigele fica lá, deitada em sua cama, próxima as caixas onde ficam as gatas, agarradinha com um cachorrinho de pelúcia. Aparentemente está muito satisfeita com esse filho adotivo.

Se não bastasse todas essas preocupações, ainda resta uma: Quando essas criaturas estiverem todas andando pelo meio da casa?!

O pior é que vão se misturar e eu não sei qual será a reação das gatas. A Nega, principalmente.

Certa vez peguei a Nega, olhando para dentro da caixa onde estavam os gatinhos da Branca e cutucando eles com a patinha. Levou o maior susto quando eu me aproximei.

Hoje, ouvi lá de trás um barulho que parecia Gigele chorando. Fui em direção das caixas e me deparei com ela olhando em direção das mesmas. Esclareço que tem uma tábua de proteção que impede Gigele de sequer ver as caixas.

Examinando para além da tábua, vi a Branca bem quietinha olhando para a sua caixa e pude ouvir os miados dos seus gatinhos, vindo lá de dentro. Dentro da caixa estava a Nega lambendo os gatinhos da Branca.

Obviamente, expulsei-a de lá. A gata branca tomou o seu lugar, sob o olhar curioso da Nega e Gigele voltou a sua posição acomodada na caminha, abraçada com seu cãozinho de pelúcia. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

CENA DE TERROR



A minha filha conta que um amigo seu, morando próximo a linha do trem e a avenida central de um bairro periférico daqui de Natal, assistiu diante da porta da sua casa, juntamente com a sua mãe, a um acidente terrível.

 Segundo ela, o rapaz narrou que certa manhã, saindo para o trabalho, no momento em que abriu a porta de casa e foi para a calçada com a sua mãe, viu um caminhão frear bruscamente antes da linha do trem e, um carro, que vinha logo atrás, entrar violentamente na traseira desse.

Ainda, de acordo com a narrativa do rapaz, a cena até hoje, passado algum tempo, ainda causa reações traumáticas em sua mãe.  O choque entre os carros foi tão grande que decapitou, imediatamente, o motorista e a passageira que estava ao seu lado.

Imaginando a cena, avalio, realmente, tais devam ser a perplexidade e o choque com o qual se recebe uma visão tão terrível dessas.

Uma reflexão inusitada me vem a mente enquanto ouço a narrativa desse episódio que parece ter sido retirado de um filme de terror.

Pensei na semelhança entre essa cena e aquelas de filmes de ficção científica, quando a cabeça de algum robô que se passava por ser humano é arrancada e os fios, a maquinaria e as faíscas que saem do corpo revelam a constatação excepcional de que ele não era aquilo que enxergavam nele.

Naquele instante do acidente, conjecturo, - Pessoas normais que viajavam e possivelmente conversavam de forma natural entre si, foram violentamente reveladas quem eram por dentro.

Umas máquinas humanas que pararam ali de funcionar.

A ideia de que somos todos, sem exceção, máquinas idênticas, constituídas de esqueletos, carnes, vísceras e outros órgãos, revestidas em peles que nos distinguem uma das outras, me fez pensar quão besta nós somos quando lançamos nossos valores apenas a esse revestimento.

Quantas pessoas, pela sua aparência, simplesmente, julga-se superior as demais.

Quanta soberba há em ignorar que por dentro somos: Todos, máquinas iguais.

(Ivana Lucena, do Blog Do que eu gosto)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

EU PREFIRO SER...


Quando eu fiz esse Blog (na verdade eu reformei um Blog que era da escola em que eu trabalhava), estava um pouco revoltada com aquela sacanagem que o vereador Edivan Martins fez exonerando vários gestores de centros infantis daqui de Natal-RN, inclusive eu, para colocar os seus “cabos eleitorais”.

 Por isso o Blog ficou assim, tão “DARK”.  (risos)

Eu tô rindo agora, mas o negócio é sério. Aliás, na ocasião estava mais sério ainda. Feriu bastante pessoas e mais ainda, feriu a qualidade da educação.

Agora eu tô mais “ZEN”. Tô pensando em mudar a imagem do Blog. 

... E vou mesmo. O Blog é meu, o título já diz “Do que eu Gosto”, ...Então?

Adoro uma oportunidade para citar o meu poeta favorito: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.”

... Então, essa metamorfose aqui, resolveu que agora vai fazer STANDY UP. (risos)

Eu tô rindo de novo, mas o negócio é sério.  Acredite! Já escrevi um bocado de texto de standy up.

 As minhas filhas me deram o maior apoio. Já fizeram até uma pesquisa sobre os hospitais psiquiátricos mais baratos aqui em Natal para me internar.

Depois eu conto aqui a merda que deu essa minha nova invenção. (risos)
Bjs *-


segunda-feira, 16 de abril de 2012

A CASA DOS PEQUENOS CUBINHOS




Esse filme, um curta francês, premiado, conta sem palavras  sobre a solidão de envelhecer e nos leva a uma reflexão sobre como a nossa vida é construida de pequenos cubinhos de cenas e pessoas que vão montando a nossa história.  É muito lindo. Emocionante.



sábado, 7 de abril de 2012

SOLIDÕES

Ah, como eu queria
nunca haver de  escolher
Entre viver sozinha
Ou ter alguém e sofrer

Nem sei qual pior solidão
Numa te fere o vazio
Noutra a decepção


quarta-feira, 4 de abril de 2012

EU CHAMO ISSO DE ENCANTAMENTO....


D
Desejos Vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte 
Que ri e canta, a vastidão imensa! 
Eu queria ser a Pedra que não pensa, 
A pedra do caminho, rude e forte! 

Eu queria ser o Sol, a luz imensa, 
O bem do que é humilde e não tem sorte! 
Eu queria ser a árvore tosca e densa 
Que ri do mundo vão e até a morte! 

Mas o Mar também chora de tristeza ... 
As árvores também, como quem reza, 
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente! 

E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia, 
Tem lágrimas de sangue na agonia! 
E as Pedras ... essas ... pisa-as toda a gente! ... 

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"