sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

LUXÚRIA

Estava rodeada de pessoas
de risos
de festas
de amigos
família
e coisas
e tudo
Mas estava só
Mergulhada na solidão
Te vi
Te escolhi
Para morrer
Anjo negro
Te segurei na mão
E nunca mais soltei
Caminhamos
Fugindo do Sol
Dominando a noite
E o medo da escuridão
Encontrei forças
No nosso amor
Vagamos nus
Pela sarjeta
Bebendo sangue
Vomitando arrependimentos
Dançando em nuvens
Virando Luz
Estrelas Cadentes
Sentindo a vida
Voando alto
Livres
Como os urubus
O amor doía
No medo
De se findar
Fiz do teu peito
A minha cama
Presa a tua alma
A tua loucura
Sucumbindo  de você
Agonizando na tua calma
Não distinguia
A dor
O prazer
Mergulhada
Nas nossas dores
Na  cor vermelha
Dos seus olhos azuis
O medo da realidade
A necessidade
De voltar
Nunca mais saída
Nunca mais paz
Uma ferida aberta
Um atalho feito
Para sempre
Sempre que a solidão se mostra
A fraqueza exposta
Pra ti me conduz
Até a eternidade
Corpos mortos
Vidas emprestadas
Inventadas
Presas
As tuas asas
As minhas asas
Camuflados os sentimentos
A luz da decência oculta
Toda a penumbra
Toda a luxuria
Em que já  me expus








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