A imagem do teu rosto foge lentamente da minha memória. Como alguém que acena no cais, desmanchando-se pela distância e pelo nevoeiro, enquanto o barco se afasta.
Esforço-me para manter intactos em minha mente os detalhes do teu rosto; dos teus olhos, da tua boca... Em vão.
As imagens vêm e voltam, como o balanço do mar. Como um jogo enganador. Peça deste coração que tenta a todo custo se proteger da dor te apagando de mim.
Pobre, tolo coração.
Viajo como uma cega. Não são as imagens que me guiam e que te referencia em mim. É você. Simplesmente você, inteiro.
É o teu cheiro, o teu andar, a tua voz, o teu jeito, a lembrança do calor dos teus braços...
Assim, não há nevoeiro que me proteja de levar-te comigo nessa viagem sem fim.
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