terça-feira, 27 de janeiro de 2015
TUA POESIA MINHA
A minha poesia
Não revela o que penso
Mas, o que sinto
Nua, crua e sozinha
Quem a lê
Não descobre quem sou
Mas, enxerga seu próprio sentimento
E nesse momento
A poesia é sua
E não minha
(Ivana Lucena)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
A NOSSA POESIA
Não gosto da sua poesia
Essa pura, ingênua
Declarada
Certa
Prefiro a outra
Velada
Impura
Safada
Encoberta
Gosto da língua solta
Na sua boca
Soltando palavras sem rimas
Sem métricas
Cheias de má intenção
Maldosa
Maliciosa
Explodindo-me de excitação
Gosto de brincar contigo
De provocar sensações
De te deixar assim
Suado
Tarado
De te viciar em mim
Não te gosto poeta
Prefiro o homem
Assim
Que surge nas noites
E que nas sombras
Revela-se enfim
Que me conduz pelo ar
Sem chão
Sem teto
Deita-me na imaginação
Gemendo de tanto gozar
E seguimos noite a dentro
Unidos em pensamento
Ungidos em devaneios
Toco-me as entranhas
Imaginando-te lamber-me os seios
E adormeço molhada
Eu fogo
Tu brasa
Fatigados
Saciados
Tu lobo faminto
De membro intumescido
Eu ovelha gulosa
Vadia
Inescrupulosa
Assim é a nossa poesia
(Fonte da imagem: http://www.paraiba.com.br/static/images/noticias/normal/1345483506185-seios.jpg )
(Fonte da imagem: http://www.paraiba.com.br/static/images/noticias/normal/1345483506185-seios.jpg )
sábado, 10 de janeiro de 2015
QUEM DERA O MAR
Ah mar
Que graciosamente me lambe os pés
Nesse leva e traz de esperanças
Amar
Que cruelmente me joga aos seus pés
Nesse leva e traz de promessas
Quem dera caminhar
Desafiando as ondas
Sem me deixar molhar
Quem dera um coração mais leve
Que batesse menos intenso
Que fosse e voltasse
Sem se machucar
Como as ondas do mar
(Ivana Lucena em 10/01/2015)
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