quarta-feira, 1 de agosto de 2012

LUA



Vi a lua pendurada no céu
Seguindo-me pelas ruas tomadas pelo cinza da cidade
Imponente, prata, barriga redonda de luz.
Os postes abaixavam a cabeça, entregando-se à derrota.
Lua mensageira de saudades
De terreiros
Da escuridão das sombras das mangueiras
De céu pingado de estrelas
De vagalumes imitadores seus
Até das corujas assustadoras, invejosas.
Dos que revivem dentro de mim nessa lembrança.
Lua, confirmação de eternidade.
Lua prelúdio de esperança.